Zé da faca sempre foi temido no agreste por ser o maior matador da região. Qualquer problema para ele era resolvido na faca: de distribuição de terras ao troco errado na venda. Ele era uma espécie de xerife e todos na redondeza o procuravam para resolver seus problemas.
Numa tarde quente típica da árida região, Zé da Faca voltava para casa quando percebeu que havia esquecido seu precisoso acessório na casa do compadre Joca. Tomado pela preguiça provocada pelo calor, decidiu que voltaria para buscar sua faca mais tarde, depois de tirar uma pestana na rede de sua casa.
Ao chegar, surpreendeu sua mulher e compadre Joca na cama. Mas o que mais doeu foi ver, na cintura do compradre traíra a única peça que ele vestia: seu facão. No calor da emoção, Zé da Faca avistou uma carabina, recostada no batente. Sacou a arma e atirou na mulher e depois no compadre. Mas esse, com uma mira boa e um pulso firme arremessiou a faca e atingiu o peito do matador.
Na porta do inferno, Zé da Faca foi barrado. Ele não podia acreditar! Mandou chamarem o homem que mandava naquele lugar. O Diabo chegou, com uma cara de quem não comeu e não gostou, e disse:
- Zé da Faca, companheiro! Sempre aguardei o dia em que receberia aqui. mas estou muito decpcionado. Ser corneado pela mulher e matar o companheiro é totalmente compreensivel.. mas ter a vida tirada por aquela que foi sua companheira de tanto trabalho e alegria! Não posso aceitar isso..
E assim, Zé da Faca ficou vagando, entre o céu e o inferno com sua própria arma, sua amada faca, enfiada no coração.
PS: um dos textos produzidos por mim durante o curso de redação.
segunda-feira, novembro 14, 2005
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