Saí a Copa, entra a realidade

Torcemos. Torcemos mais um pouco. Investimos em bandeiras, camisas, cornetas, bares e reuniões com os amigos. Mas nada disso adiantou. O que todos temiam e alguns até já previam aconteceu. O sonho de ser hexacampeão e termos alguma coisa para nos orgulhar dessa nação foi adiado para daqui quatro anos.
Como torcedora (amadora em esportes) eu não acredito que exista apenas um ou dois culpados. Houve sim uma desmotivação geral, pessoas famosas sem interesse em representar nada além de seu dinheiro e sua fama. É uma pena, mas essa é mesmo a única forma de formarmos uma nova mentalidade para a próxima copa.
Mas que tal, nesse meio tempo, se os brasileiros não guardassem suas camisetas e bandeiras. Talvez, com as cores da nossa pátria estampadas nos quatro cantos, lembrando que nem só de alegrias nós vivemos, a população lembrasse de pensar melhor e exigir mais na hora de escolher o próximo político a nos representar. Muda o time, muda o campo, mas as decepções de perceber que eles estão parados e não vão fazer nada a respeito pode se repetir. Não gosto de política. Também não gosto da mídia escolhendo por nós. Galvão divulgou o tal quadrado mágico, agora eles querem nos convencer que Portugal deve vencer, porque afinal de contas "somos praticamente a mesma patria" e o Felipão é nosso. À merda com essas idéias. Mas prestem atenção, porque o próximo pensamento a ser inserido nas nossas cabeças será sobre política.
Sai a copa, entra a realidade. Mas não vamos guardar nosso orgulho de ser brasileiros. É preciso que o povo lute coma mesma garra e paixão por um país melhor.