segunda-feira, novembro 27, 2006

Vinte e poucos

Vinte e poucos anos é tempo suficiente para construir, mudar ou até mesmo destruir uma história. Vinte e poucos anos é tempo suficiente para crescer uma arvore, uma empresa ou uma família. Vinte e poucos anos é pouco tempo para uma vida inteira, ainda que uma vida mude absolutamente nesse mesmo tempo.
O cientista sempre teve razão, o tempo é mesmo relativo. Os mesmos longos anos que formam nossa vida parecem ser tão poucos num balanço do que fizemos.
Com vinte e poucos anos eu já consegui aprofundar os alicerces da minha vida, já tenho uma base boa, sou formada, falo 3 linguas e já beijei 3 vezes mais que isso. Já fui feliz, triste, feliz, temerosa, feliz, romântica, rebelde, feliz. Já fui criança, menina, mulher, adolescente e agora convivo com todas elas juntas, alternando em minha cabeça.
Ao longo dos meus vinte e poucos anos aprendi que só eu sou realmente importante na minha vida, mesmo que esse seja um ponto de vista egocêntrico. Aprendi que não quero mesmo mudar meus planos nem por você nem por ninguém, apesar de que certas pessoas nos fazem mudar de planos mesmo sem perceber.
Aos vinte e poucos anos não quero me desfazer dos meus planos, mas já aprendi que a maioria deles muda assim como o vento, que me leva pra onde for melhor. Estou aqui, de braços abertos esperando que mais vinte e poucos anos se passem e me ensinem mais sobre essa vida que lentamente passa tão rápido aos nossos olhos.
E aí você me pede para refletir sobre o que fiz com minha vida, corpo, mente e alma nos últimos anos e a única resposta que consigo formular é: fui, sou e estou feliz. Não me importa se algumas vezes fui longe demais, se algumas vezes me arrisquei demais, se algumas vezes bebi demais. O importante é que ao longo desses vinte e poucos anos fiz o que você me ensinou. Ouvi meus instintos, amei sem medo de não ser amada, sorri sem medo de não ser correspondida, dancei sem medo de ser reparada.
O que fiz ao longo desses anos foi aproveitar o tempo que passa, tão rápido para aprendermos e tão rápido para a vida. E o que farei durante os próximos vinte que virão?
Por que não me dá a mão e descobre comigo?

Um comentário:

Fábio Félix disse...

Só pra comentar, você repetiu feliz várias vezes no terceiro parágrafo...Brincadeira!...Hahahaha...Sempre bom passar por aqui pra ler alguma coisa sua, Ca, mesmo você me evitando a todos os momentos e com todas as forças, sua sumida. ;)