domingo, janeiro 25, 2009

Sobre as coisas que faço

Quando o vento gelado bate no meu rosto tenho vontade de sorrir. Quando vejo uma coisa bonita demais tenho que controlar minhas lágrimas. Quando descubro um sabor novo e delicioso, quero comer até enjoar, mesmo sabendo que depois não vou poder olhar mais praquilo. Quando conheço alguém interessante e agradável tenho vontade de explorar aquela companhia até esgotar ao assunto e a paciência.
Não é perder o limite, nem querer viver tudo intensamente. É só o meu jeito de ver a vida, de querer experimentar as coisas da maneira mais completa possível, para depois, poder partir para outra.
Posso querer beijar na boca até o dia clarear, ou conversar até a voz acabar, ou ouvir a mesma música tantas vezes, ler uma frase até perder o sentido. Quero que as coisas que eu adoro nesse mundo fiquem marcadas na minha mente e na minha pele, quero lembrar de cada detalhe como se vivesse outra vez.
Tenho dor no coração de ver aquela gente que viu muito e não viveu nada. Uma gente que até sabe das coisas da vida, mas lembram dos amores e das dores como um anúncio preto e branco num jornal velho. Lágrimas e sorrisos misturam-se numa liga pesada e sem graça.
Quero que cada lembrança seja uma jóia, daquelas que você guarda com carinho e, às vezes tira da caixa, limpa, olha com amor, e guarda novamente. Por isso, vou continuar vivendo tudo com a mesma intensidade, sem medo de me arrebentar uma vez ou outra, contando com a sorte de me dar muito bem em outros momentos.

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