Trabalho em uma empresa grande. Não só de nome, mas de porte físico também. Um prédio enorme, com mais de 3 mil pessoas circulando por dia, filas para todas as atividades, do refeitório ao elevador. Uma mini-cidade, onde todos se sentem, de certa forma, um pouco donos do território. Afinal, o trabalho é o lugar onde passamos a maior parte dos nossos dias. E de algumas noites.
Essa sensação de casa é ainda mais latente quando alguém recebe um convidado, para um almoço ou reunião. Apresentamos cada cantinho da empresa como se fizéssemos aquele famoso tour pela casa nova. Mas no lugar de mostrar o banheiro reformado e o quarto das crianças, o roteiro segue mais ou menos assim:
- aqui é a maquina de café. Ali na frente senta aquela mulher que eu te falei lembra? Esse é o hall do elevador, e seguindo reto aqui, você chega na sala do meu chefe. Aqui é o saguão, por onde você entrou. Ali fica o auditório e a banca de jornal. Ah, aqui é ótimo, temos caixas eletrônicos em todos os andares. Ali é a lanchonete, que fica – olha que incrível – no mesmo nível do restaurante e um pouco pra frente, a academia. E a nossa praça, com mais um café e uma pequena trilha. O ar é fresco aqui em baixo, é uma delicia ficar depois do almoço.
E aí, você olha para a cara do visitante, que depois de todo o tour não sabe bem se veio para um almoço ou para comprar um apartamento e sua cara traduz a pergunta “Sim, e ótimo, onde é que eu assino?”
quarta-feira, janeiro 28, 2009
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