Mudar é um processo muito difícil. Mudar o pentado, mudar a cor da parede, mudar a rotina. Mesmo aqueles que juram que não gostam da rotina, vivem na rotina de fugir da mesma.
E as mudanças nunca vem sozinhas. É sempre uma onda de acontecimentos que passa e leva tudo. E nos deixa sentados na beira da praia, vendo aquela nossa confortável vidinha indo embora, rezando pra que a próxima onda traga coisas boas.
Mudanças são processos que precisam de tempo, mas na verdade nunca têm o tempo necessário. Na natureza, as mutações podem ser fatais. Ou podem gerar coisas estranhas, até mesmo estranhamente belas. O mesmo acontece na nossa vida.
Agora, depois de tantos anos vivendo uma vida relativamente previsível, percebo que diante das mudanças que estão aparecendo, eu estou agindo como um daqueles personagens de filme que tem a cidade arrasada por um furacão, me segurando com as pontas dos dedos no batente da porta, mas sabendo que essa é uma luta perdida, ele é mais forte e quando eu menos esperar vou sair voando. E eu não quero mesmo assim.
Mas no fundo eu sei que algo estranhamente belo vai surgir, que essas mudanças são apenas parte de um processo maior.
O difícil é lidar com a dor causada, com a estranheza de sentir novos cheiros, ver novas cores, chorar por novos amores. Negar os antigos amores. O difícil não é externar a mudança, mas sim concientizar-se dela, lá no fundo, em um lugar onde só você mesmo pode saber se mudou ou não, virar aquela chave no coração.
Sempre achei que lidava bem com mudanças. Tenho que mudar isso também. Estou abalada, rodando na onda, recebendo uma noticia atras da outra.
Vou mudar de vida. MUDAR? Ttudo bem. Mas vamos com jeitinho, sou meio nova nisso.
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