Me adaptar, nao vou...

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia, porque não consigo ir à academia. Não consigo ir desde que encontrei o emprego mais legal de todos os tempos. Agora faço o que eu gosto, do jeito que eu queria, mesmo sabendo de todas as dificuldades que eu encontraria na minha área. Essas dificuldades incluem uma rotina de dedicação quase que integral ao meu trabalho. Rotina. Eu não vou me adaptar, nunca a uma rotina, àquela sensação de estar vivendo dentro do filme Feitiço do Tempo, onde tudo se repete todo dia.
Se eu não caibo mais nas roupas que eu cabia, eu tenho mais é que mudar minha rotina e voltar a ser uma pessoa saudável, que sabe dosar o trabalho dentro da própria vida. Saber dosar. E conseguir continuar enchendo a casa de alegria. Quero um dia me olhar no espelho e me reconhecer como aquela menina que realizou seus sonhos, que fugiu da rotina no melhor estilo Corra, Carol, Corra, senão ela te pega.
Não quero me adaptar, não vou. A rotina é uma forma de entregar a vida nas mãos do acaso e ficar esperando que alguma nova emoção surja na hora que bem entender. Mas eu não. Eu vou ouvir o que alguém está dizendo, vou falar para quem quiser ouvir e não vou, não vou me adaptar.
Como já disse Arnaldo Antunes.