quinta-feira, junho 14, 2007

Happy Valentine’s, my ass!

A cada ano que passa a hipocrisia é maior. As pessoas fala para quem quiser ouvir que o dia dos namorados não passa de uma data comercial. Entendidos esse seres humanos, não é mesmo? Que já conseguem perceber o marketing agindo 24 horas em suas vidas.
Mas aí chega o fatídico dia, e o peso na consciência fala mais alto que a fila do estacionamento do shopping. Mulheres saem alucinadas atrás de um mimo para o amado, enquanto eles, driblam a falta de memória apelando para o mais simpático e fácil dos presentes: flores. Um trânsito insuperável se formou ao longo da avenida Doutor Arnaldo, conhecida por sua variedade de bancas de flores em quase todo o seu percurso.
Os solteiros, viúvos, mal amados e distantes do ser amado, enquanto isso, andam à sombra, tentando passar despercebidos neste dia onde apenas as duplas tem vez.
Este é o segundo ano consecutivo que passo a data namorando. Somos um casal moderno, que não se apega à datas, pois sabemos que “não passam de datas comerciais”. Mas mesmo assim, pela primeira vez, senti a pressão deste dia. Mais que quando estava solteira e saia com um punhado de amigas para um bar, prontas para encher a cara até esquecer o dia, ou ele terminar.
Casais se beijando, abraçando, olhando, amando. Balões, flores, chocolates, promoções. Presentes, cartões, lojistas, colares, brincos, anéis, musiquinhas. Tudo junto, formando um cenário caótico de amor não-espontâneo, de pessoas desesperadas para serem felizes e, pior, mostrarem para os outros que estão felizes.
Eu sou a favor de comemorar o amor em qualquer circunstância. Mas a paranóia é a maior inimiga de um relacionamento. E amor, não é sinônimo apenas de casais flechados pelo cupido. Se você está sozinha, aproveite e celebre o amor por você mesma. Se você está acompanhada, celebre no momento certo para vocês. Os outros, a mídia, a lojista, o garçon, a recepcionista do hotel e seus amigos, não tem nada a ver com isso.

Um comentário:

...123.. disse...