terça-feira, junho 03, 2008

O famoso jogo

Quando você começa a praticar um esporte, treina muito e convive com erros e fracassos de uma forma mais comum. Então você começa a melhorar, a percerber onde você está errando, onde está acertando. Aí, começa a ficar um pouco crítico, a não aceitar os erros. Até que você começa a competir pra valer. Aí você vira a pessoa mais exigente e sem tolerância do mundo.
No amor a coisa vai pelo mesmo caminho. Você começa um relacionamento, naquela incerteza, naquele “vale tudo”. Se der certo é lucro, se não der, você parte pra outra. Pra sua alegria, dá certo. Você começa a namorar. Nos primeiros meses a insegurança ainda fala alto, mas você já começa a ficar mais crítico, a esperar mais coisas do parceiro. E depois que o namoro ganha o título de coisa séria, pra valer, vira jogo de campeonato. Tudo é motivo para querer mais, você sempre quer ganhar.
O que a gente esquece, no jogo ou no amor, é que no começo, quando não existia aquela cobrança toda, as coisas eram muito mais divertidas.
É lógico que subir no pódio do primeiro lugar, ou ser pedido em casamento tem lá o seu sabor especial. Mas nada se compara àqueles momentos de começo, onde tudo é motivo pra sorrir, ou pra morrer de rir. Todo lugar é um bom lugar para namorar, toda música é o tema para o seu romance, todo ponto é motivo de comemoração.
A cobrança pessoal e a competição interna que entramos quando achamos que “agora sim a coisa ficou séria” pode até trazer resultados positivos, se o seu objetivo for performance. Mas se o seu objetivo for encontrar o que realmente te torna feliz e realizado, busque outro caminho.
Lembre-se da vibração da vitória no quintal da sua casa, lembre do primeiro beijo, cheio de nervosismo e paixão. Pode parecer um pouco piégas, mas no fim das contas, a felicidade está mesmo nas lindas e pequenas coisas.

Nenhum comentário: