segunda-feira, agosto 11, 2008

Que dia...

Abro os olhos e vejo o relógio. Acordei atrasada. Dormi meia hora a mais. E sei que isso vai refletir no meu dia.
Pulo da cama, ainda zonza. O gato pula junto e me olha torto enquanto passa pela porta. Parece que está me perguntando “qual o seu problema? Quem sai da cama desse jeito?”. Ignoro o olhar do bichano e vou cambaleando para o chuveiro.
Ao tirar a blusa do pijama, lembro que fui dormir com dor no braço. Ele ainda dói.
Me arrumo as pressas, visto uma roupa qualquer, seco o cabelo por mera formalidade. Como um pão na chapa com a manteiga mal passada e tomo um copo d’agua. Pelo menos isso vai colaborar com a dieta que eu pretendo começar hoje.
Perco um ônibus. Desisto de pegar o segundo, lotado até a boca. Espero mais 15 minutos pelo terceiro. Durmo de mal jeito no banco e acordo em cima do ponto pra descer.
Chego no trabalho e descubro que a máquina de café, minha última esperança, está quebrada.
Sento na minha mesa para trabalhar e descubro que: 1) fizeram um desconto estranho no meu salário e eu não consigo acessar o sistema para descobrir porque; 2) meu email não está funcionando; 3) tenho mais coisas pra fazer do que imaginava; 4) meu braço ainda dói; 5) ouço o chefe passando o job que eu mais queria para outra pessoa.
Diante de tudo isso, olho para o relógio. 11:30. Decido que vou me esforçar o máximo possível, almoço, me esforço mais um pouco e corro pra casa.
Mas dentro da minha cabeça, meu outro eu sugere “bem que seria gostoso estar na beira da piscina, curtindo essa sonolência, aproveitando o sol e lendo um bom livro, não é?”
É. Sou obrigada a concordar comigo mesma. Seria ótimo, mas não é possível. Então, solto um suspiro profundo, tomo um gole de água e torço pra esse dia da marmota passar logo.

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