terça-feira, julho 21, 2009

A arte de dizer não

Eu sei. Tenho total consciência do que é errado, do que é certo, aquele papo todo. Sei exatamente o que deveria ter feito, onde eu pisei na bola, qual foi o momento que abri precedentes. E mesmo sabendo de tudo, nada muda. E aí o celular toca. Pode ser às três da tarde, às duas e quarenta e cinco da manhã ou ao meio dia e quinze de uma quarta-feira. Ele toca e eu torço pra ser você. E geralmente é. Dizendo qualquer merda, falando coisas sem sentido, pedindo favores, dizendo que me liga depois. É você, se fazendo presente na minha vida porque tem essa necessidade ridícula de ser parte dela. Se você percebe que estou me afastando, as mensagens aumentam. Diz que me quer, que sente minha falta, que no fim sempre pensa em mim. E toda aquela minha consciência, minha pose de mulher distante, toda essa cena que faço, tudo isso, vai por água a baixo. E respondo seu chamado feito uma gatinha mansa criada em apartamento. E digo sim. Sim. Você quer conversar sobre publicidade às duas da manhã? Sim. Você quer sair comigo só no dia e na hora que te der vontade. Ok. E depois não quer saber nem noticias minhas por um mês. Tudo bem.
Não sei qual o seu efeito no meu cérebro, nem qual seu papel na minha história, mas sei que com você, sou leiga na arte de dizer não.

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