Território desconhecido

Ridículo começar esse texto. Ridiculo começá-lo de qualquer forma. Porque sei que ele só vai ser lido por um outro ser humano daqui muito tempo. Se o publicar em qualquer lugar, você vai ler e vai saber que estou falando com você. Meu novo território desconhecido.
Suas tropas invadiram o meu cantinho com a melhor chegada de todos os tempos. E desde então entrei em guerra. Declarei combate contra meus sentimentos e luto diariamente contra meus hormônios.
Deixei você avançar um pouco, achando que era uma boa estratégia e agora estou aqui, me arrastando por trás dos morrinhos, tentando não chamar a atenção, esperando um ataque a qualquer momento.
Vejo a minha frente um território desconhecido e me apavoro, mas tenho vontade de explorar com a ponta dos meus dedos, sentindo cada detalhe.
Suas palavras doces caem feito bombas na minha cabeça, suas mensagens de madrugada são explosivos programados que destroem meu sono e me deixam enlouquecidamente feliz.
Enquanto você ataca com seu charme, eu me defendo com humor ácido. E aí você me diz que adora e destrói as minhas armas. Meu revolver de palavras ácidas vira uma arminha de água de criança.
Não estou disposta a me render. Provavelmente você ainda vai lutar muito, porque tem jeito de quem leva o combate até o fim, vai avançar um pouco mais, vai conseguir fincar algumas bandeiras. Mas aí, quando estiver pronto para se proclamar dono do território, te derrubo num golpe e volto a dominar essas terras que no momento, não pertencem a mim.